<font color=0093dd>Faz falta uma reforma agrária</font></color>
A necessidade de uma Reforma Agrária que ponha as terras abandonadas e subaproveitadas a produzir, e que combata o flagelo do desemprego, voltou a ser reiterada de forma clara pelo Secretário-geral do PCP.
Depois de salientar que a liquidação da Reforma Agrária e a restauração do latifúndio trouxeram de novo ao Alentejo as «terras abandonadas, a desertificação e o desemprego, enquanto umas poucas centenas de grandes agrários recebem milhões de euros sem que lhes seja exigida a produção seja do que for», Jerónimo de Sousa asseverou que, não obstante essa destruição, a perspectiva e a vontade de que um novo processo venha a ter lugar permanece intacta.
«Acabou por ser destruída, mas não pôs fim ao sonho, nem à necessidade e actualidade de, nas actuais circunstâncias, se concretizar uma Reforma Agrária», afirmou, explicitando os seus moldes e objectivos: «uma Reforma Agrária que liquide a propriedade fundiária e o absentismo, ponha fim à cultura do subsídio sem correspondência com a produção e entregue a terra a quem a trabalhe, a título de propriedade ou de posse, a pequenos agricultores e rendeiros, a cooperativas de trabalhadores rurais ou de pequenos agricultores ou a outras formas de exploração da terra por trabalhadores».
«Esse sonho nunca o abandonaremos, como não abandonaremos a luta pelo desenvolvimento destas terras do Alentejo, com a concretização de uma política capaz de combater a desertificação e o despovoamento crescente a que assistimos», garantiu, antes de reafirmar o compromisso do PCP no sentido da luta por uma outra política que aposte na produção nacional e na valorização dos nossos recursos, assegurando a soberania alimentar do País.